A córnea é um sítio frequente de traumatismo, que poderia ser evitado caso o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPI) fosse respeitado.
OBJETIVO: Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com corpos estranhos corneais ocupacionais atendidos na clínica oftalmológica do Complexo Hospitalar de Guarulhos - São Paulo.
MÉTODO: Estudo retrospectivo, não intervencionista, de 134 pacientes com acidentes por corpos estranhos corneais, atendidos entre julho de 2017 e junho de 2018. Foram avaliados dados referentes à faixa etária, sexo, profissão, olho afetado, quantidade, localização, natureza do corpo estranho, disponibilidade de EPI e de seu uso no momento do acidente e o tipo de óculos utilizados, tentativa de remoção em domicílio, antecedente prévio e tempo de procura por médico especialista.
RESULTADO: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (94,78%), com predomínio no grupo etário entre 19 e 35 anos (41,79%), sendo o olho direito acometido em 54,48% dos casos. A principal atividade laboral estava relacionada à indústria de transformação (57,46%), 73,88% dos corpos estranhos corneais eram de ferro e 59% dos casos não estava utilizando EPI no momento do acidente.
CONCLUSÃO: Cabe às empresas ampliar a disponibilidade desses materiais, implantar programas educacionais, além de melhorar a fiscalização.
Palavras-chave: Corpos Estranhos no Olho; Acidentes de Trabalho; Córnea; Equipamento de Proteção Individual.